terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um pedaço de pano...

Eu acho que você pensa, mesmo que sem querer, que aquele pedaço de pano que quero comprar, é para agradar a outro alguém;
Acho que talvez, uma parte de você, que muito provavelmente você tenta ignorar, pensa que quero ficar bonita, me mostrar, aparecer, para alguém que não é você;
Eu sei que não é de propósito, e sei que deve estar se recriminando toda vez que esse pensamento surge na sua mente, mas ainda assim, acho que pensa que esse pensamento pode ser real;
E não que veja algo nessa intenção, acha apenas ser um querer enfeitar-se, sem qualquer outro desejo oculto além do causar admiração alheia;
Olha, acredite, não é!
Em outro ano, quando nenhum passado existia, eu também quis um novo pedaço de pano. E no ano anterior, também. O enfeite e o brilho, nunca foram direcionados a lugar nenhum que não fosse a minha vaidade feminina querendo aparecer. Junto a ela, bom gosto e recato também eram ingredientes importantes.
Eu sei que brinca e que não fala sério, e ao mesmo tempo sei que é inevitável certos sentimentos...
Confesso, sou humana, e como tal alguns sentimentos obscuros também rolam por aqui.
Fui triste, fui conformada, fui apática, fui morta. Depois feliz e insensível a todo o resto. Mas agora, e você sabe bem porque eu já comentei, sinto raiva, de mim e do outro, das escolhas erradas, da cegueira momentânea, da burrice iminente. E mais do que nunca, a vontade que rola, é que a dor provocada agora seja sentida por aquele que me fez sangra. É desejo de vingança? Pode ser. Mas no fundo é apenas aquele pedacinho de carne maltratado que ainda se sente injustiçado. E existe certo e errado quando tratamos o sentir? Não sei...
Queria ser nobre o bastante para falar QUE SEJA FELIZ com a verdade da alma, mas sou de carne, osso e lembranças, só consigo querer QUE SE EXPLODA!
E esse pedaço de pano? Acredite é para mim. E acredite ainda mais quando digo que embora o impulso tenha vindo de um evento, é também muito mais para você, do que para isso!
Sempre gostei de pedaços de pano, estampados, lisos, multicoloridos. Mas foi seu olhar junto a minha vontade de girar que me iluminaram, não percebeu? É o jeito que me olha quando o coloco em mim, é o jeito como sorri quando meu olhar encontra o seu, é a cor que seus olhos tem quando apareço que me fazem querer ainda mais outro pedaço de pano para mim.
É sincero quando digo que te quero lá comigo. É sincero quando comento que poderia me buscar. É sincero quando digo que te amo e é só a você que quero agradar.

E se com esse pedaço de pano, quero atacar uns, com esse mesmo pedaço de pano, quero amar você. 

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