quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nossos quadrados


Olha... Pensa bem! Eu sei que você tem outras paredes pra te acolher, e sei também que tem outro quadrado pra habitar. Eu sei, que existe um teto de outra cor que te protege. Ali, em uma das paredes, tem uma janela por onde você pode olhar outras casas, outras ruas, outras pessoas. Sei que por essa janela passa outra brisa de ar, que tem um aroma e levezas diferentes. Sei que pendurado na parede há um quadro, e você gosta dele. Atrás de portas de madeira e gavetas, você guarda suas coisas, úteis e as esquecidas também, mas suas, só suas. Alguns livros completam o ambiente, marcando um pouco aquele espaço com seu jeito, seus gostos, suas curiosidades. Ali dentro suas manias correm livres, sem pudores, sem disfarces. E quando se deita, a maciez que te envolve é grande e confortável, da forma como escolheu um dia. Sim, é muita coisa pra se deixar de lado. Seu canto tem o encanto de ser seu. Mas... Olha... Pensa bem! Eu sei que por aqui não existem as mesmas paredes, e sei que esses cantos contam outras histórias que não as suas. O sofá tem outras formas e tons neutros não existem aqui. É meio bagunçado confesso, e lotado de pequenas coisas em cada fresta. Faltam muitas coisas e outras só funcionam com um jeitinho. Não foi você que pintou, nem você que colou, e tem uma poeirinha embaixo do tapete que talvez te incomode. Mas... Olha... Pensa bem! Apesar das aparências, reparou naquela marquinha vermelha do lado direito da cama? Pois é, você que deixou ela ali. E num pedacinho da cozinha, onde nunca teve nada, agora tem um copo seu. No meio do amontoado, abri espaços pra você e fiquei tão feliz! É, a cama é pequena, apertada, meio dura e balança nas noites de amor... Mas também é quente, aconchegante, acolhedora, ela já carrega seu formato, sabia? Então... Olha... Pensa bem! Ou melhor... Nem pensa, apenas fica. Fica? Fica... Mais um pouco, mais uma vez, ou para sempre, apenas fica. Eu sei que existem outros tijolos cheios de tinta para quem você tem que dizer um oi e pombos que tem que espantar, mas, mesmo assim, tem uma porta amarela sempre aberta te esperando passar por ela e uma cama esperando pra te aquecer. Também tem uns braços e pernas soltos querendo embalar e um par de olhos querendo te ver. Então fica. Mais um pouco, mais uma vez, ou para sempre, apenas fica. Já não faz sentido esse quadrado sem você nele.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

No nosso ritmo

 E de repente olho pro lado e te encontro, ali, sorrindo, com os olhos e com os lábios, e sinto que mais perfeito do que isso o mundo não pode ficar. Mas então você se aproxima e com um toque consegue me fazer te amar mais ainda. E rodamos juntos pelo mundo a fora, e dançamos descoordenados no meio da multidão, e inventamos um mundo todo nosso, e brincamos de nos amar. Sim, é sempre brincadeira viver com você. Daquele jeito que nunca acaba a vontade de brincar. E você dança fora do ritmo e eu te abraço para te conduzir, não importam os passos certos, nossos corpos se completam, nossos movimentos se interligam, nossos olhos se fitam ininterruptamente, e o resto? Não existe. Sacudimos ridículos, embriagados do nosso amor, e tudo ao redor não passa de testemunhas da nossa felicidade. Não importa que nosso ritmo não combine com o que já existe, a gente se entende da nossa forma torta de viver, tão certa para nós, tão perfeitamente sincronizada. A cada passo descompassado me conecto mais a você e o amor só aumenta. Um mundo de cores são possíveis quando se trata de ti. Enquanto te beijo, saboreio o gosto de ser amada, e quando me olha tenho certeza de ser feliz. Você, você, você! Que surgiu sem que eu notasse. Que ficou sem que eu percebesse. Sem me dar conta, invadiu a minha vida e tomou todo o espaço e da onde eu nunca pude imaginar, você se transformou em tudo que eu sempre sonhei ao meu lado. Num momento em que eu não tinha olhos você se fez ser visto, num momento em que eu habitava o vazio, você fez ser necessária sua presença. Ainda sinto suas palavras que um dia me salvaram. Ainda sinto seu abraço que um dia me levantou e que ainda me levanta, me protege, me cuida. Você, você e só você. Meu ponto luminoso, meu suspiro diário, minha euforia. E eu digo sim à vida com você. Ao seu lado não tenho limites, quero tudo e um pouco mais.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

BOM DIA!

BOM DIA PRA QUEM TÁ FELIZ!!!
BOM DIA PRA QUEM É FELIZ!!!!
BOM DIA PRA QUEM FAZ ALGUÉM FELIZ!!!
BOM DIAAAAAAA!!!!!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tanto!

Tanto! Tanto de nós em um pedacinho de tempo. Um pedacinho pequenino que se faz gigante diante de tanto sentimento.
Tanto! Tanto de nós que toma todo o espaço. Que faz tudo melhor e mais gostoso, que até o tédio se torna divertido.
Tanto! Tanto de nós que transforma tudo em sorrisos. Cada momento vira magia, cada lembrança preciosidade.
Tanto! Tanto de nós que cria um novo universo. Um mundo onde palavras correm soltas e esconderijos não se fazem aqui. Só cabanas são permitidas, porque ali dentro, tem um eu e um você.
Tanto! Tanto de nós que não tem sentimento para nos definir. E gostar, adorar, apaixonar, amar, todos habitam na mesma janela, aquela que me levou para você, aquela que um dia te trouxe para mim.
Tanto! Tanto de nós, mais tanto, que é só disso que quero viver. Não penso no tempo, na humanidade, no cotidiano, nas opiniões. Aqui, é só um tanto de nós, mas um tanto tantinho maior do que o tanto imenso que já existe. Esse tanto que me transborda, esse tanto que me faz feliz. Esse tanto, tanto, que te quero tanto, te amo tanto, te sonho tanto, te desejo tanto, te tanto tanto tanto...
Que só esse tanto que preciso na minha vida.

E o que eu sinto...

 Metade do meu corpo à sombra, a outra metade ao sol. Entre calor e frio, o vento sopra calmo balançando meus cabelos e me faz lembrar você. Você, que hoje faz parte de tudo por aqui.
 Sorrio sem perceber ao ser tomada por mais uma lembrança nossa, mais uma imagem de outro momento bom. São assim os meus dias com você, bons. Não aquele bom comum do dia a dia, mas um bom que carrega muito mais do que o próprio sentido da palavra. É mais forte, mais intenso, mais verdadeiro do que qualquer letra. Ele traz consigo um sentimento de paz, de liberdade, de plenitude.
 Ao seu lado sou mais eu do que jamais fui com outro alguém. As vezes acho que ao seu lado sou mais eu até do que já fui sozinha.
 Não tenho medo das frases soltas quando estou com você. A sinceridade já faz parte de nós muito antes desse nós existir.
 E o encantamento não acaba, ele persiste e aumenta a cada novo momento. E me perco das horas e me entrego a você. E esqueço do mundo e ligo ao que faz parte de ti. E entre mãos e lençóis, bocas e sussurros, dentes e suor, vou me perdendo de mim, me transbordando de você, me deleitando no prazer.  Estar com você é muito mais do que sonhar em vida. E mesmo que eu procure num dicionário ou questione um sábio mais conhecedor de tudos, nunca existirão formas de expressar tudo que sinto ao olhar você quando abro mais uma vez a porta. Quando me aproximo e me fita de perto. Quando fica sério para dizer que me ama. Quando faz cara de bobo ou inocente. Quando me olha com desejo. Quando sorri, com os lábios e com os olhos. Quando me puxa para si e fica, sem se preocupar com o tempo que nunca para de voar nessas horas...
É, só posso dizer... EU TE AMO TANTO!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ops, sumiu.

 Essa manhã acordei e de repente me dei conta de que as palavras haviam sumido da minha boca.
 Percebi, que já faz tempo que não lamento o dia que você partiu. Na verdade, para ser mais exata, desde o dia que decidi viver sem você, eu parei de lamentar.
 E então meu coração parou de sangrar e não precisei mais de lenços para secar as lágrimas que encharcavam tudo por aqui.
 Aqueles cantos escuros e buracos negros pela sala, foram substituídos por cores vibrantes e um novo aroma paira no ar.
 Engraçado quando a gente percebe que aquilo que fazia todo o sentido se transformou em apenas aquilo, e mais nada.
 Hoje, permeada de interrogações soltas em meio a afirmações inconclusas de um "como foi que eu permiti", encontro-me tranquila deitada sobre um "já passou".
Amanheceu. Sem querer notei que esqueci de esquecer você, não precisava mais. De alguma forma, sem perceber, você simplesmente havia sido deletado do meu HD.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

AMOR é igual...

AMOR para mim é igual: VOCÊ!
AMOR = nossas brincadeiras, nossos olhares, nossas bocas juntas, seu carinho na minha cabeça deitada no seu peito...
AMOR = sua testa encostada na minha, seus olhos direto nos meus e você dizendo que me ama... Nós dois e nossa cabaninha.
AMOR = eu falar, propor alguma coisa e você aceitar contente com a cabeça dizendo que sim e os olhos arregalados!
AMOR = quando você me abraça apertado e eu pulo para envolver minhas pernas em você... é sentir seus braços me envolvendo durante toda a noite... é ter suas mãos me procurando o tempo todo.
AMOR = seu corpo bem junto ao meu...
AMOR = nós dois na cozinha tentando cozinhar... rsrsrs é quando me morde, me aperta, me faz cócegas...
AMOR = todas as vezes que me faz rir... pula em cima de mim e me  enche de beijos...
AMOR = é estar com você em algum lugar, e ter seus carinhos escondidos, seu olhar me fitando de longe...
AMOR = é te abrir a porta para você e ter aquele primeiro abraço, e aquele primeiro beijo, e aquele primeiro sorriso
AMOR = ouvir um HUMMM enquanto me puxa pra junto de você...
AMOR = é ver sua bagunça, seu jeito atrapalhado... é te ajudar a procurar os óculos, as chaves, o celular, os tenis, e tudo que perde...
AMOR = é ouvir você dizer É TÃO DIFÍCIL SER EU!
AMOR= é te ver fazer cara de "vou levar bronca" quando faz algo de errado... e me olhar com carinha de pidão quando come meu lanche no lugar do seu...
AMOR = ter beijos roubados do nada, com vontade, fortes, intensos, deliciosos...
AMOR = me encontrar nas suas palavras...
e com todas as outras mil coisas que o amor hoje significa para mim, hoje, mais do que nunca, AMOR é igual a VOCÊ na minha vida... OBRIGADA MEU AMOR!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Busca


 Ela acordou meio inquieta. A cama tão gelada e vazia, teimava em lembrá-la de mais uma noite solitária que passou. O teto a encara desafiador, inquerindo-a sobre suas ações, antes tão certeiras, agora tão perdidas. Ela vira para o lado, põe sua testa na parede, aquele frescor de gesso talvez lhe traga algum sentimento reconfortador... Nada. Mesmo com os olhos fechados consegue sentir que até as paredes acusam-na por ser assim tão distraída. "Talvez de cabeça para baixo", pensou. Nada. Assim também não funciona. Nada funciona, nada aplaca, nada cura. E ela gira para todos os lados, pisca mil vezes e tenta se concentrar, muda de travesseiro, soca a janela com um ursinho... Urso de pelúcia velho, surrado, presenteado sabe-se lá por qual daqueles que um dia tentara em vão conquistá-la. Ele perdeu um olho, engraçado, ela também perdeu muito até ali. Agarra aquele pedaço de pelúcia, se encolhe na beirada da cama e chora, chora pelo tempo que passou e não lembrou de lhe avisar que a vida é curta, chora pelas lágrimas derramadas por quem não merecia, chora por ela e pela dor que a persegue mesmo sem fazer sentido. E o mundo ao se redor gira e finalmente desmorona, "Então é assim chegar no fundo do poço?". Não, é assim que se começa a levantar. Ela sabe que está fraca, sabe que foi ferida no caminho, mas não se importa, dentro dela habita uma luz que escuridão nenhuma tem força para apagar. Mesmo envolta de sombras ela sente que enfim, chegou o momento. O olhar ainda turvo, a cabeça meio tonta, os passos ébrios, o corpo meio incontrolado se lança ao novo. E o urso lhe sorri: "Vá, pode ir", então segue. Ela segue rumo ao seu futuro, ela segue para a sua vida que acabara de acordar. Ela segue, ainda um pouco sonolenta, mas com a gana necessária para se viver. Com fome de vida, com sede aventura. E mesmo que lhe perguntem por onde esteve, ela não irá olhar para trás. E se quiserem saber para onde vai, isso não lhe interessará. Ela senta na cama, põe os pés descalços no chão, se levanta, tira a roupa suada do medo e joga num canto qualquer, e despida de si ela sai em direção àquilo que tanto buscou.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Estar

Deitados na cama, conversamos, só eu e você e o quarto e nossas histórias e nossas brincadeiras e nossos risos frouxos...
O teto e o colchão viram testemunhas involuntárias do nosso amor.
 E eu deito minha cabeça sob seu peito, e jogo minhas pernas sob as suas. Seus braços me envolvem, e me levam mas pra perto de ti, como se eu não pudesse nunca mais sair dali.
 E você mexe em meus cabelos sempre tão rebeldes, e que agora, viram emaranhados de fios soltos entre seus dedos. E me abraça apertado e sussurra que me ama.
 Nossos corações batem juntos e temos quase que uma mesma respiração. Depois de um tempo perdemos a noção de onde começa um e termina o outro. Somos um. Enlaçados no nosso querer, perdidos no nosso mundo.
 E me conta mais uma lembrança boba e me rouba um beijo no meio de uma gargalhada. E para, do nada, sem aviso prévio ou antecipação, me olha sério e vê minha alma, e diz te amo como se nada mais importasse...
 E ficamos assim, perdidos em nosso cantinho onde tempo não existe e a vida acontece ali dentro.
 Imersos numa felicidade simples e pura, aproveitamos o contentamento que ambos sentem nesse simples estar. E estamos... Infinitamente estamos... e somos... e transbordamos...

Noturno Cadeirantes - Cristal

 Sempre que assisto esse espetáculo me emociono.
 Em 2003 a Oficina dos Menestréis criou sua primeira turma de cadeirantes e após 8 meses de curso montaram o musical NOTURNO de Oswaldo Montenegro, que apelidaram de Noturno Cadeirantes. No elenco quase 20 cadeirantes. 
 Essa é a cena Cristal, gravada em 2004.
 É lindo, tocante, de tirar o fôlego! E essa é minha cena preferida.


Era de vidro, quase de lâmina
há de haver no espaço uma igual
Era uma lagrima, há de ter sido
um choro natural
Era estrela clara de lua
gota de lume branco e de sal
Era vitrine como é vitrine
o olho, a janela, a ruga e o cristal
Era de água, quase de espelho
como o olhar de quem passa mal
Era de lua sempre de enluarada impressão
divina e normal
Era menino, muito menino
como é menino o bem contra o mal

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Vem logo

 Me diz... Como eu faço para passar o dia sem você?
 Como faço para ficar longe do alcance das suas mãos?
 Como faço para ignorar o sabor dos seus beijos que ainda estão latejando nos meus lábios?
 Como faço para esquecer suas palavras que ecoam nos meus ouvidos?
 Como faço para apagar sua imagem da minha mente?
 Como faço para aplacar essa inquietude insistente que fica me atazanando de tanto te querer?
 Eu te amo, eu te chamo, eu te espero.
 Noite e dia eu desejo você aqui, do meu lado...  Pra te beijar, te abraçar, te amar, te sentir...
 Anseio pelas suas palavras como alimento diário. O toque dos seus dedos já fazem parte de mim.
 Como eu te quero!
 Então venha logo, tá? Não me faça esperar muito não... Já estou doente de saudade de você.
 Sei lá, mas acho que essa vontade de estar com você, não acaba nunca...