segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Estar

Deitados na cama, conversamos, só eu e você e o quarto e nossas histórias e nossas brincadeiras e nossos risos frouxos...
O teto e o colchão viram testemunhas involuntárias do nosso amor.
 E eu deito minha cabeça sob seu peito, e jogo minhas pernas sob as suas. Seus braços me envolvem, e me levam mas pra perto de ti, como se eu não pudesse nunca mais sair dali.
 E você mexe em meus cabelos sempre tão rebeldes, e que agora, viram emaranhados de fios soltos entre seus dedos. E me abraça apertado e sussurra que me ama.
 Nossos corações batem juntos e temos quase que uma mesma respiração. Depois de um tempo perdemos a noção de onde começa um e termina o outro. Somos um. Enlaçados no nosso querer, perdidos no nosso mundo.
 E me conta mais uma lembrança boba e me rouba um beijo no meio de uma gargalhada. E para, do nada, sem aviso prévio ou antecipação, me olha sério e vê minha alma, e diz te amo como se nada mais importasse...
 E ficamos assim, perdidos em nosso cantinho onde tempo não existe e a vida acontece ali dentro.
 Imersos numa felicidade simples e pura, aproveitamos o contentamento que ambos sentem nesse simples estar. E estamos... Infinitamente estamos... e somos... e transbordamos...

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