Devaneios de um pássaro aprendendo a voar... Asas nos pés, mente solta, alma livre.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
um eu
Você me apagou. Não estou dizendo que foi de propósito, mas hoje quando olhei de cara para o espelho, a luz tinha se apagado. Vaguei pelo dia a procura de não sei o que, mas buscava uma qualquer coisa que pudesse me fazer sentir de novo. Desconectada desse mundo convexo, eu me perdi ao tentar caminhar. Eu só queria me entupir de um tudo que pudesse ocupar esse lugar vago aqui dentro. Devorei a comida sem nem perceber seu sabor, só queria me sentir estufada desesperadamente. Não adiantou. O pior é ter que aguentar o sabor amargo da boca pois nem vomitar eu consigo. Me sinto gorda e vazia. Acho que estou deprimida, mas o que é depressão? Não sei, talvez seja apenas meu lado de dentro oco ecoando algo que não consigo traduzir. Estou tão cansada, tão cansada. mas não posso parar, a imobilidade me leva até você e não posso permitir que se aproxime mais do que o aceitável para meu espaço oco interior. Você me acusa de coisas das quais nem sou culpada, você não entendeu nada, você nunca entende. Eu poderia te acusar também, sabia? Você também errou bastante esses últimos dias. Mas eu nunca permiti que falhas inerentes ao ser humano fossem suficiente para me separar de você. Talvez eu goste de sofrer. Não deveríamos precisar convencer a pessoa do nosso amor, ela deveria apenas percebê-lo, não? Será que meu amor é quebrado? Será que meu amor quebrado e insuficiente é que foi o culpado dessa sua insegurança? Aqui, eu só senti, apenas senti o amor. Agora vou pra rua, essas quatro paredes só me acolhem se for para dormir, acordada não sou permitida aqui dentro. Vou me arrastar por afora e ir para mais uma encenação do estou bem para um mundo que só tem me feito mal. Não tem problema, eu ainda guardo outras coisas na mochila, só preciso saber onde ela está.
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