Odeio o barulho que faz quando abro a porta. O som das chaves balançando de um lado para o outro me avisam que ninguém mais vai entrar, que ninguém mais estará lá dentro.
Odeio o barulho que faz quando abro a porta. Ninguém responde quando digo olá. Não existe sorriso pra me receber depois de um beijo.
Odeio o barulho que faz quando abro a porta. Não tem passos pelo chão e nem roupas pelo caminho.
Odeio o barulho que faz quando abro a porta. É o som do silêncio ensurdecedor em meus ouvidos o que machuca mais. O silêncio invade toda parte, rasga meu peito e esfrega na minha cara as gargalhadas que ficaram para trás. Não tem luz acesa, a tv desligou, o abre e fecha da geladeira cessou.
Odeio o barulho que faz quando abro a porta porque é som de não ter som que me faz lembrar você, que me faz lembrar da ausência de você, que me faz lembrar que o único som que vou continuar a ouvir, é o barulho que faço quando abro a porta e meu coração bate acelerado na vã esperança de te encontrar...
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