segunda-feira, 29 de abril de 2013

Oreuq Oan

Não quero suas meias verdades e nem seu carinho inconstante, não quero a intenção de normalidade e nem o sorriso de um tudo bem que esconde a dor.
Não quero a presença ressentida da ausência, e saudade dolorida da permanência da falta que faz. Não quero ser a prorrogação do segundo tempo e nem o encaixe entre duas sessões.
Não quero decorar suas falas para repassar em minha mente nas 72 horas seguintes que não te verei. Não quero que me faça sorrir se depois me provocará lágrimas.
Não quero forçar meus lábios para cima enquanto penso em você.
Não quero andar para frente se ficar parada me agrada mais e nem abrir os olhos se a escuridão tem sido muito mais acolhedora.
Não quero me obrigar à atitudes imaturas para  provar que vivo sem você e nem tomar decisões difíceis enquanto espero que o tempo resolva as questões por mim.
Não quero não poder querer tantas coisas se o bem querer me faz tão bem. Não quero a casa bagunçada mesmo com o lixo embaixo do tapete.
Não quero essa merda confusa invadindo meus momentos de descanso e nem esse martelo batendo em um prego que de tão torto não vai mais ceder.
E acima de tudo não quero não saber o que eu quero enquanto espero descobrir o meu querer.

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