quarta-feira, 26 de junho de 2013

Vislumbres

Fecho os olhos... Você sente?
Me escondo da luz para encontrar você.
É lento, sinto o hálito, o gosto, a respiração. Se tocam. Corpos que se movem com a mesma sintonia.
Esses dedos...
Cada curva, uma nova sensação...
Um arrepio, um calor, um estremecimento.
Ainda tem muito para ser revelado, mas não tem pressa, segue tranquilo, sente cada detalhe, explora cada pedaço. É delicado e torturante. Por onde passa deixa o desejo que anseia por mais.
É um tocar quase sem se aproximar, é um tomar posse quase sem ter.
E são braços, e pernas, e lábios, e olhares, e toques, e beijos, e carícias, e dedos, e mãos, e sons, e cheiros, e arrepios, e desejos, e volúpias, e controle, e volúpias, e controle, e volúpias, e controle.
Lábios que se devoram com sofreguidão, é um beber com avidez, é uma gula em que nada sacia o apetite.
É rápido, é violento, é bom.
É um querer irrefreado, é uma busca prazerosa de mais... só um pouco mais... Você sente?
E um olhar, uma permissão, uma entrega. Controle.
Volúpia e controle permeiam esses corpos que ardem em um calor febril.
Tecidos que formam uma barreira, pele que anseia por um sentir.
A espera... Uma ambição intensa de possuir...
Abro os olhos... Você sente?
Um sorriso. Acho que podemos...





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