segunda-feira, 17 de junho de 2013

Um doce


Ganhei um doce diferente.
Ou melhor, não ganhei, me emprestaram, porque ele não é meu, eu só o comi.
Ele veio embrulhado numa caixinha listrada, verde, amarelo com bolinhas prateadas. Também tinha uma fita, dessas com frases escritas, na desse doce dizia "DOCE BOM, É DOCE LIVRE, DOCE SOLTO, DOCE COM GOSTO DE DOCE QUE NÃO VAI AZEDAR, MAS É SEGREDO, TÁ?". Gostei, achei divertido a forma como se apresentou e me deu mais vontade ainda de provar.
Esse doce era bem doce, com sabor de caramelo. Mas também era azedinho, do tipo que quando a gente põe na boca, faz uma careta alegre e espreme os olhos, suga o sabor e estala a língua e automaticamente, quer dar outra mordida. Huuummm... É bom... É...gostoso....  É... doce.
Ele derrete na boca e me faz salivar. Ao mesmo tempo que quero devorá-lo de uma vez, sinto vontade de saboreá-lo aos pouquinhos, só para prolongar o prazer.
Doce gostoso, doce diferente...
Confesso, me lambuzei! Não tive pudor para aceitar o doce e muito menos para o comer. Mordi, lambi e suguei até o último pedaço.
E enquanto saboreava o doce eu pensava "e não é que bom? acho que quero mais..."
O doce acabou, pena que ele era tão pequeno. Mas o sabor ainda está aqui, entre as fissuras da minha língua. Dos sentidos provocados, o tato guardou a sensação, o olfato registrou o cheiro, a visão fixou a imagem, a audição som da surpresa e o paladar... Ahhh, o paladar permanece com o gostinho de um quero mais...


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