Devaneios de um pássaro aprendendo a voar... Asas nos pés, mente solta, alma livre.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Ali...
E não importa quanto tempo passe, quanta coisa nova aconteça, quanta distância exista, ainda não foi suficiente para apagar.
Marcas, lembranças, sentimentos, esperanças, tudo embalado e fechado e guardado e jogado escondido num canto inacessível, mas ainda está ali.
E mesmo que eu fale, mesmo que me esconda, mesmo que sorria, mesmo que corra, mesmo que pule, mesmo que faça, ainda assim, existirá.
Eu fui sugada por um tufão e nem me dei conta do quanto eu perdi, só tinha olhos para a mágica que acontecia ali dentro. Me modifiquei, foi intensamente prazeroso, mesmo com um fato latente: eu quase morri.
Pode a quase morte ser tão boa que a gente se joga sem nem pestanejar? Em queda livre, por mil horas, tudo que sei é o que tenho, mesmo que apenas possa sentir sem ter onde agarrar...
Fui devorada sem piedade, minha alma se perdeu em você. Como manter aquilo que só nos deixa tonto?
Não. É essa a resposta, não mantenha, contenha, a fuga fica logo ali. Impeça, crie muros, tranque as portas, feche as janelas, é melhor deleitar-se ao novo gosto do que tens na mão, do que sucumbir-se na doce loucura do inesperado espetáculo teatral. A gente nunca sabe o que vem, mesmo bom ou mau ficamos ali, mas quando as luzes se acendem é hora de partir. Próxima sessão? Não obrigado, prefiro mãos dadas certeiras a minha espera.
E não importa quanto tempo passe, quanta coisa nova aconteça, quanta distância exista, ainda não foi o bastante para apagar, eliminar, destruir, esmagar, ignorar... Ainda está ali. Inacessível e jogado. Mas ainda assim, está ali.
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