quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pronto, passou

 E hoje eu quis chorar mais uma vez. Só mais um pouco, uma última vez. Sentei no banco da praça, cruzei meus braços e olhei, olhei para frente, olhei para o que passava, olhei para o nada, pronto, passou.
E hoje eu quis vestir os seus pés mais uma vez. Só mais um pouco, uma última vez. Fui para a cozinha, preparei um assado, engoli uma cerveja, acendi um cigarro e esperei, esperei a chama apagar, o assado queimar, a vontade sumir, pronto, passou.
E hoje eu quis reviver mais uma vez. Só mais um pouco, uma última vez. Fechei os meus olhos, foquei na minha dor, senti a ausência, lembrei do descaso, revivi os abandonos, pronto, passou.
Porque sempre passa.

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